Pular para o conteúdo principal

Livros Na Novela Amor à Vida

Chegou ao fim com uma das cenas finais mais bonitas que já vi, a novela das 21h da Rede Globo. Não vou falar da novela exatamente porque muitos já fizeram, também  não é o objetivo do blog. assisti à trama e a partir dos três meses finais comecei a ver que o merchandising das editoras ficou tão intenso que em alguns momentos parecia bem disparatado. Me detive a ver quais eram os livros que o departamento de marketing indicava através dos personagens.  Segue o que consegui ver ou ouvir de Dona Bernarda, da Paulinha,  do Félix...  acho que todos os personagens indicaram livro!


Um dos livros indicados na novela foi escrito por uma jovem de 21 anos, Rafaela (foto), portadora de comportamento semelhante ao autismo. 

Fios de Prata – Reconstruindo Sandman, de Raphael Dracon
Um Gol de Placa, de Pedro Bandeira
Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, adaptada por Arnaldo Niskier
Fome de Deus, de Frei Betto
Livro de Sonetos, algumas da principais composições poéticas de Vinicius de Moraes.
Fim, de Fernanda Torres
O Que Realmente Importa?, de Anderson Cavalcante
A Bíblia, um diário de leitura, de Luiz Paulo Horta
Fernando Pessoa antologia poética, organizado por Cleonice Berardinelli
Os miseráveis, de Victor Hugo.
Os Sete, de André Vianco
O Livro do Peregrino, de Carlos Nejar
O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz
Estórias da Mitologia, de Domício Proença Filho
Nu, de Botas, de Antônio Prata
Luisa, de Maria Adelaide Amaral
Fada do Arco Iris – Rafael deu a Linda
Sargento Getúlio-  João Ubaldo Ribeiro
Sabedoria Judaica – Arnaldo Niskier
Dom Quixote, Miguel de Cervantes
Antes do Baile Verde – Lygia Fagundes Teles
Dias de Inferno na Síria – Klester Cavalcanti
O Amor é Para os Fortes – Marcelo Cézar (pelo espírito de Marco Aurélio)
Meus Treze Dias com Che Guevara –Flávio Tavares 
Canteiros de Saturno – Ana Maria Machado
O Livro das Horas – Nélida Piñon
O Alquimista – Paulo coelho
Solidão no Fundo da Agulha, de Ignácio de Loyola Brandão
Fairy Rainbow, de Rafaela Poggi Zylbertstajn 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.