De insólitos verões
é que vieste
chamas, penedias, medo,
o dia tinha canções na boca
e eram de ninar suas canções.
De luas invisíveis
é que nasceste
azuis evanescentes
outonos pousavam nos teus olhos
e eram de prata as tuas asas
De insondáveis distâncias
amanheceste
tinham aurora tuas mãos
um arco-íris aceso na manhã
um punhado de ouro pelo chão
Do sonho, do vento, da estrela
tu música, pura música,
esse crepúsculo de canto
o coração desfeito em versos
e sal, e mar e pranto.
(Canto do Efêmero, poesia quase incompleta. FASA, 1996.)
é que vieste
chamas, penedias, medo,
o dia tinha canções na boca
Imagem: Regina Porto |
e eram de ninar suas canções.
De luas invisíveis
é que nasceste
azuis evanescentes
outonos pousavam nos teus olhos
e eram de prata as tuas asas
De insondáveis distâncias
amanheceste
tinham aurora tuas mãos
um arco-íris aceso na manhã
um punhado de ouro pelo chão
Do sonho, do vento, da estrela
tu música, pura música,
esse crepúsculo de canto
o coração desfeito em versos
e sal, e mar e pranto.
(Canto do Efêmero, poesia quase incompleta. FASA, 1996.)
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